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segunda-feira, 29 de julho de 2013
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domingo, 7 de julho de 2013
Ontem no Sarau
Ontem, apesar de fechadas as portas do Cineteatro, o sarau bombou!
Ficamos do lado de fora da biblioteca. Confira algumas fotos aqui.
Recebemos o poeta convidado Antonio Ladeira, que apresentou os poemas de "O livro das flores amarelas", sua primeira obra literária do poeta Antonio Ladeira. Residente e nascido no Rio de Janeiro, escreve poemas desde os 11 anos, tendo-os publicado em revistas eletrônicas e antologias até então. As “flores amarelas” saíram das mãos de um rapaz que sente dor. São o registro artístico e preciso do amor conturbado da vida de um jovem. Tendo sido escrito em três meses e meio, ele marca o início da paixão até o seu fim em um envolvente murchar de flores. O conjunto abrange mais de 70 poemas escritos em ordem cronológica, uma coleção de 10 haikais e 2 ensaios escritos de setembro a dezembro de 2012. Confira o ebook de Antonio Ladeira na Amazon.
Contamos também com a participação especialíssima de Brigitte Bentolila, que apresentou as traduções para o francês dos poemas do livro "Outra - poesia reunida no Sarau de Manguinhos"
Leram com Brigitte nossos poetas, Maura Santiago, Elesbão Ribeiro, Adriana Kairos e José Pereira Dias.
Nossa amiga Maria Lúcia, que visitou o sarau pela primeira vez, leu poemas de Monique Nix, que também foram traduzidos por Brigitte.
Marcou presença também Guinho Frazão, que em breve estará participando como poeta convidado do Sarau.
Deo leu um poema que detona com a herança política brasileira.
E Oswaldo Martins lembrou onde está a poesia carioca, com sua "antiode para ipanema et caterva", já publicada aqui e no TextoTerritório. Oswaldo ainda teve poemas de seu livro "Lucidez do oco", lidos por Marly Bisppo.
Termindo o Sarau, todos ficaram. Com jeito de "quero mais".
Ficamos do lado de fora da biblioteca. Confira algumas fotos aqui.
Recebemos o poeta convidado Antonio Ladeira, que apresentou os poemas de "O livro das flores amarelas", sua primeira obra literária do poeta Antonio Ladeira. Residente e nascido no Rio de Janeiro, escreve poemas desde os 11 anos, tendo-os publicado em revistas eletrônicas e antologias até então. As “flores amarelas” saíram das mãos de um rapaz que sente dor. São o registro artístico e preciso do amor conturbado da vida de um jovem. Tendo sido escrito em três meses e meio, ele marca o início da paixão até o seu fim em um envolvente murchar de flores. O conjunto abrange mais de 70 poemas escritos em ordem cronológica, uma coleção de 10 haikais e 2 ensaios escritos de setembro a dezembro de 2012. Confira o ebook de Antonio Ladeira na Amazon.
Contamos também com a participação especialíssima de Brigitte Bentolila, que apresentou as traduções para o francês dos poemas do livro "Outra - poesia reunida no Sarau de Manguinhos"
Leram com Brigitte nossos poetas, Maura Santiago, Elesbão Ribeiro, Adriana Kairos e José Pereira Dias.
Nossa amiga Maria Lúcia, que visitou o sarau pela primeira vez, leu poemas de Monique Nix, que também foram traduzidos por Brigitte.
Marcou presença também Guinho Frazão, que em breve estará participando como poeta convidado do Sarau.
Deo leu um poema que detona com a herança política brasileira.
E Oswaldo Martins lembrou onde está a poesia carioca, com sua "antiode para ipanema et caterva", já publicada aqui e no TextoTerritório. Oswaldo ainda teve poemas de seu livro "Lucidez do oco", lidos por Marly Bisppo.
Termindo o Sarau, todos ficaram. Com jeito de "quero mais".
Poema lido por Oswaldo Martins no Sarau TextoTerritório de Manguinhos
antiode para
ipanema et caterva
dizem
poesia
quando
o sol se põe nas areias de ipanema
quando
as moças passeiam nas areias das ipanemas leblons copacabanas
dizem
poesia
quando as mil e uma invenções dos poetas
das ipanemas leblons copacabanas elegem-se ao abrigo das barracas bonitinhas
das palavras e as douram ao sol e o
aplaudem atônitos desta beleza fugaz
dizem poesia
quando passeiam e se encantam, coitados,
com o espetáculo provinciano de montanha e mar e de uns para outros sorriem e
colecionam autógrafos e afagos para a posteridade
dizem poesia
quando se romantizam
quando sucumbem de afasia
quando se vestem senhores poetas
quando sucumbem sob o olhar das bem
amadas
quando sucumbem ao ai jesus aos credos
variados das musas
dizem poesia
e esquecem de mandela
e como se falassem cowboys dos botecos de esquina
usam
no coldre os poemas do sr. erza pound et ali
usam no coldre a cultura do ouvir dizer
e as balas e o mastim
dizem poesia
e esquecem das mandelas dos jacarés das
vila-cruzeiros
e como se falassem da gruta alheia no
máximo se embelezam com as belezas das belezas de elza soares, quando canta,
voz de nós, que o haiti é aqui e não nas salas apalacetadas da poesia de classe
média e provincial
da poesia pedro bial
da poesia pedro chacal
da poesia pedro cabral
da poesia au au au
dizem poesia
e esquecem as praças impudicas da
república esburacada
as praças impudicas da república no mato
e só aplaudem a polícia
quando o mastim está adornado do
exotismo dona marta do exotismo vidigal
do exotismo salve salve das rocinhas do exotismo da domesticação a ponto
de bala e cavalaria a ponto de bala e dança que vê que o filho – que não foge à luta – anda nos cárceres da
república
dizem poesia
e cantam na praça contra o voto popular
disfarçados de pequenos rufiões da beleza
dizem poesia
e cantam na praça contra os micro
vestidos do funk como cantaram contra as umbigadas de antanho para que a
mordida das sublimes cachorras não lhes arranque do lugar sossego em que se
encostaram
dizem poesia
e são o encosto do vago sentimento do
alto risível da grande poesia
dizem poesia
e são o escombro da cidade
dizem poesia
e beijam o pé da musa citadina de
ipanema et caterva
poetas de si mesmos e de seus asseclas
que fazem propaganda competente e vendem a cidade para o uso de ninguém
(oswaldo martins)
quinta-feira, 4 de julho de 2013
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