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domingo, 9 de setembro de 2012
Maura Santiago, em video de Ubirajara Rodrigues
Video feito pelo artista plástico Ubirajara Rodrigues no último Sarau, em 01/09/2012.
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Video
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
quinta-feira, 26 de julho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Sem-voz, de Adriana Kairos
Penso em voz alta
No entanto, grito em silêncio
Por uma tímida ignorância
Plantada conscientemente em mim.
Não sei bem se ignoro
Apenas sei do que sinto, do que vejo
Mãos estendidas
Valha-me Deus que chova...
Justiça na terra
Dizem que o faço de modo estranho
Os jornais, as revistas, a TV
Nenhum!
Nenhum deles me perguntou nada
Mas souberam bem o que dizer
Em suas ladainhas compradas
Valha-me Deus! Valha-me...
Valha-me Deus, meu Deus!
Passeatas, gritos de ordem, mãos dadas
Esperança arrastada nas sandálias
Cassetetes, tiros, gás
Botas esmagadoras de esperanças
Fastientas
Porradas!
É proibido lutar
Insisto.
Não posso conceber a fome democracia
Paz, terra e pão
Não estou pedindo demais
É meu direito
Está na constituição
Me chamam sem-terra, sem-teto
Sem-voz me defino
Morro.
É mais um apenas,
Anunciam os jornais.
Na terra do semeador da ignorância
Minha morte não dá semente
Meu sangue rega a infâmia
Valha-me Deus dessa gente!
Debaixo do teto de estrelas
Meu corpo não brilha, ofusca
Os interesses alheios
Daqueles homens de boa vontade
Sou erva daninha no asfalto
Sou o marginal do campo
Valha-me Deus que chova logo
Justiça no meu País.
João e Maria - Elesbão Ribeiro
1
o João é pedreiro.
a Maria é empregada doméstica.
de noite
a Maria põe-se por cima do João.
é manhã
o João põe-se por cima da Maria
deixa-me
tenho de trabalhar, diz a Maria.
mas o João diz-lhe tantas coisas bonitas ao ouvido
e a Maria se entrega
deixa-se estar.
2
João é pedreiro
depois do expediente
encosta no pé sujo em frente
ao prédio
que com outros constrói.
Toma um copo de cerveja
e um gole de cachaça
toma um copo de cerveja
e um gole de cachaça
Com um aceno, pendura a conta e sai.
Nunca caiu
nunca levitou.
3
O pedreiro João, casado com a Maria, que é empregada doméstica,
trabalha mais perto da casa em que moram. A Maria, sua mulher, que é
empregada doméstica, trabalha mais longe. O pedreiro João depois de
passar pela birosca, onde zoa, e onde todos zoam de futebol, passa
pela quitanda.
quando a Maria chega, já encontra o seu prato e o seu homem à mesa.
4
O João, que é pedreiro, tem, às vezes, de fazer horas extras. A Maria,
que é empregada doméstica, por trabalhar mais longe, sempre chega
depois do João. A Maria, quando chega antes do João, por não ver luz
acesa na sala e por defeitos do AMOR, logo se aflige: por onde andará
o meu homem?
5
O João, por fazer horas extras, chega cansado e mais tarde. Nestes
dias, a Maria chega mais cedo. Por defeitos do AMOR, põe-se a cismar.
Ao ver o que se passa nos olhos da MULHER, João dá-lhe uma palmada no
cu: anda vai por a mesa.
6
A Maria, cansada de ser empregada doméstica, voltou pra terra dela.
O João ficou.
Anos mais tarde, o João voltou.
Estava mais velho, um pouco mais cansado.
Entra, disse-lhe a Maria:
vou ver se encontro água pra me lavar.
7
A Maria tinha dois filhos
um rapaz e uma rapariga.
Já os tinha antes de ti.
8
O João esfregou as mãos
e eles me aceitam
aceito-te eu.
elesbão
(21/05 e 30/05/12)
o João é pedreiro.
a Maria é empregada doméstica.
de noite
a Maria põe-se por cima do João.
é manhã
o João põe-se por cima da Maria
deixa-me
tenho de trabalhar, diz a Maria.
mas o João diz-lhe tantas coisas bonitas ao ouvido
e a Maria se entrega
deixa-se estar.
2
João é pedreiro
depois do expediente
encosta no pé sujo em frente
ao prédio
que com outros constrói.
Toma um copo de cerveja
e um gole de cachaça
toma um copo de cerveja
e um gole de cachaça
Com um aceno, pendura a conta e sai.
Nunca caiu
nunca levitou.
3
O pedreiro João, casado com a Maria, que é empregada doméstica,
trabalha mais perto da casa em que moram. A Maria, sua mulher, que é
empregada doméstica, trabalha mais longe. O pedreiro João depois de
passar pela birosca, onde zoa, e onde todos zoam de futebol, passa
pela quitanda.
quando a Maria chega, já encontra o seu prato e o seu homem à mesa.
4
O João, que é pedreiro, tem, às vezes, de fazer horas extras. A Maria,
que é empregada doméstica, por trabalhar mais longe, sempre chega
depois do João. A Maria, quando chega antes do João, por não ver luz
acesa na sala e por defeitos do AMOR, logo se aflige: por onde andará
o meu homem?
5
O João, por fazer horas extras, chega cansado e mais tarde. Nestes
dias, a Maria chega mais cedo. Por defeitos do AMOR, põe-se a cismar.
Ao ver o que se passa nos olhos da MULHER, João dá-lhe uma palmada no
cu: anda vai por a mesa.
6
A Maria, cansada de ser empregada doméstica, voltou pra terra dela.
O João ficou.
Anos mais tarde, o João voltou.
Estava mais velho, um pouco mais cansado.
Entra, disse-lhe a Maria:
vou ver se encontro água pra me lavar.
7
A Maria tinha dois filhos
um rapaz e uma rapariga.
Já os tinha antes de ti.
8
O João esfregou as mãos
e eles me aceitam
aceito-te eu.
elesbão
(21/05 e 30/05/12)
Suborno Divino - Monique Nix

Mas não amor
Tenho um carro
E somente dor
Tenho uma ilha
E um analista
Quando eu morrer
Vou direto
Para o céu
Quero tudo programado
Descrito
Num papel
E só vou aceitar
Se for o melhor
Do paraíso
Onde estão todos
Os santos, os puros, os sábios, meus amigos
Minha linhagem
Vou pagar propina
A Deus
Pra morrer melhor!
Vou pagar propina
A Deus
Pra viver melhor!
Vou pagar propina
A Deus
Pra morrer melhor!
Vou pagar propina, propina...
Se não aceitar
Aumento o valor
Se não concordar
Renegocio o acordo
Mas se não fechar
Demito ele
DEUS vai para o INFERNO
E o DIABO assume o cago dele
Vou pagar propina
A Deus
Pra morrer melhor!
Vou pagar propina
A Deus
Pra viver melhor!
Vou pagar propina
A Deus
Pra morrer melhor!
Vou pagar propina, propina...
E por JUSTA CAUSA o DIABO
Foi promovido
Quem acha que é DEUS?
Para não me dar ouvidos?
Vou pagar propina
A Deus
Pra morrer melhor!
Vou pagar propina
A Deus
Pra viver melhor!
Vou pagar propina
A Deus
Pra morrer melhor!
Vou pagar propina, propina...
Quanto será que custa DEUS?
Qual é o valo da morte?
Qual o preço da sorte?
Em quantas prestações eu pago meu DESTINO???
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Flor do Mangue, de José Pereira Dias
Nas águas rasas de um mangue
Em meio a vegetações retorcidas
Galhos secos e folhas sem vida
Nas águas rasas de um mangue
Em meio a vegetações retorcidas
Galhos secos e folhas sem vida
São características deste lugar
Uma paisagem triste mas deslumbrante
Sem graça, mas ofuscante
Rotineira, mas interessante
Despertam atenção para lá
Em meio a coisas críticas e irrelevantes
Nasce uma flor
Alegre e radiante
És uma rainha neste lugar
Eu vejo muitas delas andando
Por ruas, becos e vielas
Eu vejo elas buscando
Um jardim ou um lar
Onde possa reinar
São belas
São formosas
São lindas
São meninas ainda
Mas já aprenderam a sonhar.
domingo, 6 de maio de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
domingo, 8 de janeiro de 2012
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